por Manuela Barroso, na Ascom da Sesa
Dezenas de colaboradores do nível central da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) tiraram alguns minutos de seu expediente na segunda-feira (31) para um gesto de solidariedade: doação de sangue. A Assessoria de Comunicação e Eventos (Ascom), com apoio da Coordenadoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (Cogep), promoveu o Mutirão da Doação. Uma equipe do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) esteve na Sesa para a coleta. Após as inscrições e a triagem realizada pelo Hemoce, foram doadas 41 bolsas de sangue, quantidade capaz de ajudar um total de 164 vidas.
Jô Ripardo, da Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Cotic), foi uma das candidatas aptas. Ela fez sua primeira doação. “Eu sempre tive vontade de doar, mas a oportunidade nunca aconteceu. Quando eu recebi o e-mail da Comunicação falando sobre a doação, pensei: ‘é agora, dessa vez eu vou’”, contou.

Jô Ripardo sempre teve o desejo de ser doadora e aproveitou a oportunidade para, finalmente, poder ajudar quem precisa
A funcionária destacou a importância da atitude neste momento de pandemia e comentou como se sentiu em poder ajudar a salvar vidas. “Agora que finalmente estou doando, o meu sentimento é de satisfação. Essa iniciativa da Sesa de trazer o Hemoce para cá e fazer essa coleta foi muito boa, pois como estamos no ambiente de trabalho, ficou fácil e cômodo. A gente geralmente fica com medo de sair por conta da pandemia, e poder doar aqui foi ótimo”, avaliou.
Emanoel Moura, da Célula de Patrimônio e Manutenção (Ceman), doa sangue anualmente, mas, por causa da pandemia de Covid-19, não doou em 2020. Ao ter conhecimento do Mutirão, aproveitou a oportunidade para contribuir novamente. “É um ato nobre, que você deixa de pensar em você e para pensar no próximo. É uma sensação de alegria e dever cumprido”, comentou.

Lia Lima, assistente social do Hemoce, descreveu a iniciativa da Sesa como louvável
A assistente social do Hemoce, Lia Lima, descreveu a ação como louvável e afirmou que tem sido um desafio receber doações devido ao contexto sanitário. “As pessoas estão mais em casa e têm medo de sair para doar, mas é importante lembrar que o Hemoce segue todas as medidas de segurança, como o distanciamento social, o uso do álcool em gel e máscara”, disse.
Para além da pandemia
Apesar das evidências e da crise sanitária atual, Lia Lima lembra que a doação de sangue agora é tão bem-vinda quanto em qualquer outro momento. “Por isso, nós estamos buscando, todos os dias, mais parcerias. Então cada vez que a Secretaria ou qualquer outra instituição chamar, nós teremos o maior prazer em atender”, acrescentou.
Para a assistente social, doar sangue é devolver a vida a quem precisa, e o Hemoce, com o apoio e a solidariedade da população, pode levar esperança a pacientes dos 457 hospitais atendidos pela instituição em todo o Ceará. “Imagina um paciente internado, que não seja por Covid-19, mas que precisa de uma bolsa de sangue para fazer uma cirurgia, por exemplo. Essa bolsa precisa chegar antes que essa cirurgia aconteça. E para que isso não venha a ficar em falta, nós temos que, a cada dia, aumentar o número de parceiros e motivar as pessoas a serem doadoras. Então, doar sangue neste momento e em qualquer outro é devolver a vida a alguém”, ressaltou.
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Fotos: SEASA/Reprodução.
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