Por: Isabela Alves, via Observatório do Terceiro Setor
Pobreza cresceu principalmente no Distrito Federal, Roraima e Rio de Janeiro. Apenas Acre, Pará e Tocantins não apresentaram piora nos índices
A pandemia aumentou os índices de pobreza em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal. A informação foi divulgada em um estudo realizado por Daniel Duque, economista e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).
O estudo analisou o período de novembro de 2019 a janeiro de 2021, e considerou índices de pobreza do Banco Mundial, cuja renda per capita é de até R$ 400 ao mês. Apenas Acre, Pará e Tocantins não apresentaram piora nos índices de pobreza.
As maiores expansões de pobreza ocorreram no Distrito Federal, Roraima e Rio de Janeiro. Em 1º lugar se encontra o Distrito Federal, onde a taxa de pessoas na pobreza subiu de 12,9% para 20,8% no período.
Em relação a Roraima, Duque destacou que o estado vive uma situação peculiar, já que recebe refugiados da Venezuela que chegam ao Brasil sem perspectivas e sem a possibilidade de se inserir no mercado de trabalho.
No Rio de Janeiro, o incremento foi de 6,9 pontos percentuais, passando de 16,9% em 2019 para 23,8% em 2021. O estado também foi o segundo com a maior alta na concentração da população mais pobre.
Em São Paulo, a taxa chegou a 19,7%, com alta de 5,9 pontos percentuais em relação à taxa de 13,8% no final de 2019. Na região Nordeste, o Piauí teve a maior alta, indo de 41,1% para 46,4%.
O pesquisador combinou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad contínua), do primeiro trimestre de 2019 com a Pnad-Covid, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os levantamentos trazem informações sobre a renda da população entre janeiro de 2019 e novembro de 2020.
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Imagem: Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
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